sexta-feira, 18 de março de 2011

- [re] encontros.

Música, saudades e um sorriso teu. É nisso em que tem se resumido meus dias. Acasos e desencontros, desejos e desencantos, paixões e insanidades, ansiedade.
Daquela vez foi por acaso, destino, sorte ou do que quiserem chamar. Amanhã será por vontade, por não aguentar mais olhos distantes e vozes sem lábios. Pelas cartas que me envias-te e pelas marcas de batom que em ti deixei. Pelos anos que passaram, por um único dia em que ficamos juntos. Pelas vezes que ti insultei, que te odiei e em segredo te quis sempre ali, pertinho.

domingo, 6 de março de 2011

- Try

O medo e os erros ainda me assustam, minhas noites ainda tem um pouco das tentativas e das decepções. Meus sonhos ainda são quebrados e eu acordo pensando se um dia encontrarei alguém que  me conquiste apenas com a verdade. Eu quero poder ir além e sem medo, sentir tudo e não querer mais nada, gostar da realidade e acreditar que tudo ficará bem.

sábado, 5 de março de 2011

Sometimes.

O sol forte e o vento que trazia areia entre suas curvas invadia meus olhos, me impedia de continuar caminhando. Parei e sentei-me de modo que as ondas molhassem meus pés. Não foi suficiente. Caminhei mais até que pude sentir a água me envolvendo e acariciando minha pele, embaraçando meus cabelos.
Após um longo mergulho e nenhum pensamento, voltei para onde estava e me deitei de bruços, apoiando o rosto em um dos braços. Eu não esperava nada além de alguns minutos de paz e um bronzeado. Sequer imaginei a possibilidade de reencontrá-lo.
A pessoa que poucos anos atrás me fazia rir e querer sorrir. O garoto que me jogava ao chão, quebrava minhas bonecas e colava chiclete no meu cabelo. É , acho que a idade fez com que ele implicasse menos comigo, ou pelo menos fizesse algo melhor que isso.
Ele chegou, deitou-se ao meu lado e eu não escondi a expressão de desprezo, alegria e surpresa. Ele não era mais um garoto chato.Ele não era mais um garoto. Conversamos e percebemos o quanto mudamos, eu não sentia mais vontade de matá-lo, mas ele ainda parecia querer me deixar no chão, mais precisamente na areia.
Foi fácil sorrir, foi fácil ficar ali.
Fomos fáceis.


Algumas coisas acontecem por acaso, se vão e se perdem, às vezes voltam, outras vezes não.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Solidão.

As mãos grossas regiam as teclas do antigo piano, era noite e ele estava sozinho.
Sentia os olhos cansados fechando vagarosamente, ele resistia, não queria que a escuridão o envolvesse outra vez. Foi se rendendo aos poucos, até que tudo era negro e frio novamente.