domingo, 28 de agosto de 2011

Meu, eu, seu.


Essa história de ‘acaso’ e de destino nunca me convenceu, não de verdade, talvez em outras linhas e em outras vidas. Talvez em outras histórias, tão falsas quanto quem as viveu. Tão cegas quanto a caneta guiada por um personagem inexistente.
Senti vontade de escrever algo de verdade agora, algo totalmente meu, de peito aberto e pulsante, quente. Me perdi nas palavras, no tempo e na ordem das coisas, parei no seu jeito de mexer no meu cabelo. Parei no modo como você pisca os olhos lentamente e me olha, me olha sem pressa e sorri. Tudo surge agora, ouço seu riso e sinto seus lábios em minha testa, descendo devagar procurando minha boca. Lembro do nosso primeiro beijo, um quase beijo, apenas os lábios encostados por um instante, um toque embalado de desejo. Depois vieram muitos beijos, mordidas, prazer  e suas desculpas. Onde já se viu pedir desculpas por fazer alguém feliz?
Isso parece tão bobo, talvez seja mesmo, mas você me deixa assim. Boba. 

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Acaso.

Então é isso.
“Mas quer saber? Meu coração nunca foi pela metade: sempre foi inteirinho seu.”
Clarissa CorrêaTe encontro, te amo, te envolvo, te sinto. Sinto saudade. São momentos, momentos que não continuam, que acabam ali mesmo, com uma despedida clichê. Um beijo ou dois, demorados ou não, mas sempre com um Adeus proferido.
Quando não sou eu quem some, é você. Sempre sem rastros, como se não sentíssemos o coração apertar, como se acreditássemos nas nossas próprias mentiras. Eu aqui, você em algum lugar distante, ou perto. Quem saberá.
Aquela vontade de você volta, e a saudade aumenta. E passa. Adormece. Te encontro, uma vez mais, ao acaso. E o mesmo acaso se encarrega de nos afastar, de nos fazer esperar. Sem contato algum. Vivendo de lembranças.
E quando me vejo sozinha, livre de problemas ou com muitos deles, é em você que eu penso. É com você que eu desejo estar. E eu sei, que onde você estiver, você me quer, tanto quanto eu te quero.