sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

O Abraço que não dei ;*

Acabo de passar por uma experiência, no mínimo, desconcertante.
Conheci um garoto há alguns dias, não o reconheci quando ele falou comigo pessoalmente. Eu não tinha visto ele nem por foto, só havíamos conversado por msn e foi apenas uma vez.
Naquele dia, não o abracei, senti vontade de fazê-lo, mas eu nem o conhecia. Servi-lhe um sorriso trêmulo e poucas palavras. Minha voz não é das mais bonitas quando estou nervosa.
Estávamos com um grupo de pessoas, ao me despedir apertei suas mãos. Ele, num gesto um tanto apreensivo me puxou mais pra perto, envolveu-me num abraço. Um tímido abraço, um inesquecível abraço. O abraço que tiraria meu sono por noites e noites.
Segui meu caminho, fui para casa , deitei-me. Não dormi, nem ousei tentar, era incrívelmente mais prazeroso imaginar e recriar aqueles momentos. Lógico que o meu modo de recriar era mais ousado e por si só secreto.
Conversei com ele mais algumas vezes, fascínio e mistério. Era ele, com toda aquela imprecisão, familiaridade e um notável senso de humor. Era ele que me mantinha envolvida com suas perguntas inesperadas. Imprevisível.
 Conversar com ele é fácil pra mim, não precisei de esforços nem de máscaras, afastei a barreira de gelo que me separara de quem não conheço.
Pro mundo eu sou mulher, é difícil, requer um alto controle emocional, mas é preciso.
Hoje conversamos. Sabe o que é seu coração pulsar tão forte que você fica tentando escutá-lo? Sim, isso aconteceu.
Sabe o que é não ter coordenação motora nem pra usar o mouse? Eu não tive.
Deve ser esse o efeito da ocitocina e da Etilfenilamina.  Deve haver muito disso no meu sangue agora.

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