sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

' Último dia de vida/ Crônica .

Sempre ouvi falar que o fim do mundo  estava próximo, nunca me convenci. Boatos sempre existiram, entretanto agora, o assunto parecia sério. Talvez o fim tenha chegado. Eu não ia perder meu último dia de vida, queria gritar todos os segredos e revelar meus medos.
Senti vontade de fazer muita loucura, não havia tempo para uma lista, então comprei uma imensidão de chocolates finos, roupas e acessórios que eu nunca usaria. A melhor parte disso : A fatura não chegaria à tempo para que eu  a pagasse.
Não dormi, seriam oito horas perdidas e eu não tinha muitas na reserva. Corri pela rua vestida de princesa, andei à cavalo, fiz rapel e pintei o cabelo de azul. O azul sempre me atraiu. Eu tinha uma ação em mente,não havia tempo para punições.Esqueci  das leis.
Liguei para um professor pelo qual eu era apaixonada, saímos e nos divertimos. Beijei-o. Eu não tinha tempo para arrependimentos. Fomos à praia, ainda era noite e eu não me importava com a escuridão convidativa. Bebemos, sorrimos,caímos. Deitamo-nos.Inconsciente de meus atos insanos e sem nenhum juízo, dormi.
 Acordei, o mundo continuou ali, inteirinho. A fatura do cartão chegou, fiquei endividada, mas encontrei um amor.

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